Lazare Ponticelli, último veterano a ter lutado pela França na Primeira Guerra Mundial, morreu na quarta-feira, aos 110 anos. Ao anunciar a morte do veterano, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prestou sua homenagem ao último “poilu” (peludo, em tradução literal), uma referência aos soldados barbudos que lutaram numa das guerras mais sangrentas da história da França.
Segundo o presidente, Ponticelli mentiu sobre sua idade para, aos 16 anos, poder integrar a Legião Estrangeira na França.
"Saúdo o menino italiano que veio a Paris para ganhar a vida e que escolheu se tornar francês", disse Sarkozy.
"Primeiro, em agosto de 1914, quando, mentindo sobre sua idade, se juntou, aos 16 anos, à Legião Estrangeira para defender sua pátria de adoção; e uma segunda, em 1921, quando decidiu se instalar aqui definitivamente." Lazare Ponticelli morreu na casa da filha, numa periferia de Paris. Ele nasceu na Itália, em 7 de dezembro de 1897, e emigrou para a França aos 9 anos para se unir aos irmãos. Ele se naturalizou francês em 1939. O ex-veterano havia inicialmente recusado a proposta do governo de ser homenageado com funeral de estado, mas mais tarde mudou de idéia “em nome de todos aqueles que morreram, homens e mulheres”.
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