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segunda-feira, 19 de novembro de 2007
carro movido a chocolate vai a África
A empresa britânica epecializada em biocombustíveis Ecotec anunciou a primeira expedição do Biotruck, carro movido a restos de chocolate que reduz a emissão de gases do efeito estufa e causa pouco impacto no meio ambiente. O veículo deve sair de Preston, na Grã-Bretanha, no dia 26 de novembro, em direção à Tombouctou, no Mali, passando pelo deserto do Saara. No total, serão seis mil quilômetros de viagem. De acordo com uma estimativa da empresa CarbonAided, responsável pela análise do impacto ambiental da viagem, a expedição deve evitar o lançamento à atmosfera de aproximadamente cinco toneladas de gases com carbono e usar 1.500 litros do biocombustível. “A viagem é pioneira em muitos sentidos”, diz Andy Pag, que deve conduzir a expedição. “É a primeira com carro movido a chocolate e a primeira que não deve emitir carbono”, explica. O biocombustível já está disponível para o público. A empresa vende a mistura de chocolate em sua sede em Preston por cerca de R$ 3,60 por litro, valor mais baixo do que o combustível normal. Segundo Pag, não é necessário fazer nenhuma adaptação no motor do automóvel. “O combustível é muito eficiente e ainda não tem tantos agentes poluentes, nocivos ao motor”. O processo de transformação do chocolate em combustível usa a mesma tecnologia criada por Rudolf Diesel, inventor do motor a diesel movido a óleo de amendoim. A empresa Ecotec adaptou o processo para substituir o óleo por doces e outras sobras da indústria alimentícia. O processo envolve derreter o chocolate e transformá-lo num líquido de cor escura. O produto é então colocado numa espécie de misturador com 100 ml de metanol e um pouco de hidróxido de potássio. O resultado é um combustível que tem aparência similar ao mel.
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