terça-feira, 12 de maio de 2009

Exposição que mostra sexo com cadáveres gera polêmica em Berlim

O anatomista alemão Gunther von Hagens, conhecido pelo uso de cadáveres na concepção de obras de arte, voltou a provocar polêmica nesta ao inaugurar em Berlim uma exposição sobre os vários estágios da vida humana, na qual está incluída uma cena de sexo. Composta por mais de 200 cadáveres (submetidos ao controvertido processo de conservação desenvolvido por Von Hagens, conhecido como "plastinação"), a exposição "O Ciclo da Vida" retrata estágios da vida humana que vão do nascimento à velhice, usando para isso cadáveres de recém-nascidos, adultos e pessoas idosas.
Mas foi a cena em que os corpos de um homem e de uma mulher são usados para simular uma cena de sexo que despertou críticas.

Dorothee Bär, especialista em Mídia do Partido Democrata-Cristão, qualificou a cena como "uma falta de gosto repulsiva" e disse que "torce" para que o público boicote a exposição.

O professor de Teologia Rainer Kampling, da Universidade Livre de Berlim, afirmou que a simulação do ato sexual entre os corpos demonstra que "não há mais limites". A Igreja Católica tem sido uma das maiores críticas das exposições promovidas pelo médico, que já passaram por diversos países.

O anatomista rebateu críticas de que estaria promovendo a pornografia e rompendo códigos éticos.

Nossa exposição se chama O Ciclo da Vida, e nela mostramos tudo, desde a concepção até a morte", afirma Von Hagens. "Morte e sexo são temas tabus. Eu coloco os dois juntos. A morte faz parte da vida, e sem sexo a vida não existe."

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